Minha prática artística nasce da fricção entre o corpo e o mundo, entre o vestígio e a memória. Trabalho com processos manuais e históricos que dialogam com a matéria da imagem — uma poética que se deixa contaminar por texturas orgânicas, resíduos do tempo e experiências do feminino.
Investigo a presença feminina e suas camadas, incluindo o cotidiano da maternidade, a construção social da identidade e a escuta de experiências dissidentes, como as de pessoas travestis. Esses temas atravessam minha obra como perguntas, não como respostas. Me interessa o espaço onde o silêncio se transforma em gesto, onde a imagem não ilustra, mas evoca.